O Tribunal de Justiça da Paraíba autorizou o avanço das investigações que agora passam a alcançar o prefeito de Jacaraú, Márcio Aurélio Cruz, no desdobramento do caso que apura o assassinato do vereador Peron. A decisão foi assinada pelo desembargador João Benedito da Silva, que também prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária dos quatro suspeitos já detidos — dois secretários municipais e dois homens apontados como pistoleiros.
A medida atende a representação apresentada pela Polícia Civil, responsável pelo inquérito, que pediu a inclusão do prefeito no rol de investigados. O Ministério Público da Paraíba, por meio do procurador-geral de Justiça, também se manifestou favoravelmente à continuidade das apurações e à renovação das prisões.
Suspeição de desembargadora atrasou o andamento do caso
O processo havia sofrido atraso após a desembargadora Fátima Maranhão (conhecida como Fátima Bezerra) se declarar suspeita para atuar. Após redistribuição, João Benedito reassumiu o caso e acatou integralmente o pedido da Polícia Civil, formalizando a inclusão do prefeito Márcio Aurélio como investigado.
Encontro entre o prefeito e detidos levanta novas suspeitas
Fontes ligadas ao inquérito apontam que a linha investigativa apura um encontro entre o prefeito e auxiliares que estão presos, elemento que, segundo os investigadores, pode indicar possível participação política e operacional na articulação do crime que vitimou o vereador. A Polícia Civil investiga possíveis vínculos entre agentes da Prefeitura de Jacaraú e os executores do homicídio.
Desembargador destaca gravidade e necessidade de aprofundamento
Em sua decisão, João Benedito enfatizou a “seriedade e consistência” dos elementos já apresentados pelas autoridades, além da importância de manter as diligências em andamento sem interferências externas. A prorrogação das prisões temporárias, segundo o despacho, é fundamental para:
- evitar pressão ou intimidação de testemunhas;
- preservar a integridade das provas;
- permitir novas ações de campo consideradas estratégicas.
Com a ordem judicial, o prefeito de Jacaraú passa formalmente à condição de investigado com foro no Tribunal de Justiça da Paraíba, etapa que aprofunda significativamente o alcance das apurações.
Caso segue sob sigilo, mas investigações devem avançar
O Caso Peron segue sob sigilo, porém fontes confirmam que novas diligências devem ocorrer nos próximos dias, incluindo:
- quebras de sigilo;
- oitivas adicionais;
- novas medidas cautelares que possam esclarecer o possível elo entre o núcleo político e os suspeitos de executar o crime.
A investigação entra agora em uma das fases mais sensíveis desde o assassinato do vereador, ampliando o cerco jurídico e policial ao entorno político da Prefeitura de Jacaraú.










